segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Uma cidade chamada São Paulo.

Não tem nada melhor do que acordar com a sensação de se sentir seguro numa cidade com mais de um milhão de habitantes, não é verdade? Só é uma pena que a maioria desses um milhão de habitantes que são gente de bem ( trabalhadores, pais e mães de família e crianças ) não se sintam assim devido a violência que está começando a reinar nessa cidade de uns tempos pra cá. Como se já não bastasse a violência, existem outros fatores também, que irei citar depois, em outra resenha, talvez.
No momento, irei me concentrar somente em uma coisa : A indignação perante a sociedade em que vivemos.
A maioria das pessoas está cansada disso, é verdade. Mas porque não fazem nada pra mudar? Porque deixam os medos tomarem conta de seus lares, e deixam-se serem calados por uma coisa chamada "futebol"?  Esperando que tudo de certo no fim, com a esperança de levar uma vida tranquila, por mais que a mesma não seja?
Acho que cansei de ter em algum lugar desse país, a minoria sentada em cadeiras no Palácio do Governo, rindo do País, pensando que ele está uma maravilha.
É claro que eles pensam isso, eles por um acaso pegam os ônibus lotados e ficam uma hora em pé somente para ir da escola até em casa? Ou da casa pro trabalho ? Claro que não, eles vão de helicóptero no maior conforto... Mas perdi o fio da meada de novos, vamos recomeçar.
Acho que o problema de uma grande cidade como São Paulo, tirando os estúpidos governantes que só cometem calunia e querem o dinheiro da população, como já disse anteriormente, é a violência.
A cada dia que passa, isso aumenta, já perceberam ?
São os ladrões que roubam na saída de bancos, ou os que entram em casas de pessoas que trabalharam e gastaram seu suor para comprar os seus bens, e eles tem o mínimo trabalho de arrombarem portões e entrarem enquanto não tem ninguém lá. Covardia, não acha ?
Tirando quando eles levam o pertence e também a vida de alguém junto... E o que a polícia faz?
Está na USP prendendo ESTUDANTES para desocupar um prédio.
Acham isso justo? Uma cidade em que, de vez em nunca os ladrões são realmente pegos e os cidadãos que tentam melhorar isso vão para na prisão ?
Isso pra mim é um jeito de silenciar o povo... Tirando que, os primeiros ladrões que devem ficar e permanecer na cadeia são os tantos que vocês, sim, vocês, colocaram-os no poder...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Doces.

A verdade mesmo é que nem sempre acontece tudo o que queremos... Pra ser sincera, isso raramente acontecia comigo. Digo, raramente algo que eu queria dava certo.
Não sei se é por eu ser cem por cento desastrada e atrapalhada, talvez até mesmo azarada.
Penso no termo de ser azarada, por acreditar que talvez, um desses dias insanos que levo, me faça sorrir, mas sorrir de verdade, e aí então acreditarei que seria por pura sorte. 
Algumas, poucas vezes, admito, eu sorri, e não foi aquele sorriso verdadeiro, do tipo de quando alguém te elogia ou te faz feliz. Era apenas mais um sorriso sarcástico de ficar observando a vida de alguém, e imaginar a hipótese de ter alguém mais azarada, desastrada e atrapalhada do que eu, e sim, atrapalhada e desastrada são coisas completamente diferentes, não imagine que estou repetindo palavras diferentes com o mesmo significado... Enfim.
A verdade mesmo ( retomando as primeiras palavras desse texto simbólico ), é que, nada melhor pra alegrar o dia do que um pouco de doce.
E era isso o que deixava o meu dia um pouco melhor, quando eu chegava em casa, lá pras tantas da noite, e torcia para ter alguma sobra de doce no armário.
Sentava na cadeira, ao lado da mesa, e abria o embrulho muito bem feito na verdade, e olhava aquela espécie redonda em minha mão. Mordia saboreando cada instante que aquele sabor magnifico durava em minha boca e fazia uma festa com o meu cérebro, ativando uma pequena parte que fazia com que eu me sentisse talvez até feliz.
Eu sorria, sorria em cada mordida, é verdade, mas não por causa de alguém, mas por causa desse doce magnifico que me animava, e a cada mordida, eu queria mais e mais, e era então que acabava.
Agora eu estava sentada na cadeira, brincando com o embrulho nas mãos, respirando fundo, criando coragem para me levantar dali e ir tomar um banho...
Então, ainda quer reclamar do seu dia?

 




                                          Mennie Confessed... 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Espera.

Ela olhava pro relógio do pequeno celular, talvez até meio ultrapassado.
Esperava algo, alguém na verdade.
E por incrível que pareça, ela poderia ficar esperando por esse alguém o dia todo, todos os dias, e era isso o que ela fazia.
Todos os dias, mais ou menos no mesmo horário ela via ele passar correndo, até porque, ele estava sempre atrasado.
Hoje, ele estava com os cabelos molhados devido a chuva que havia tido até instantes atrás.
Ela tomou um gole do seu café, e esperou que ele a notasse enquanto fazia o pequeno trajeto até as escadas.
Num momento de distração, dele talvez, ele a viu, seus olhares se encontraram e por mais insignificantemente que parecesse, o batimentos cardíacos se aceleraram, ela não conseguia respirar, e não sabia o que pensar, nada vinha na mente dela.  
Todos as pequenas falas que ela imaginava acontecer, para começar uma pequena conversa em sua cabeça, iam por água a baixo, e o máximo que ela conseguia dizer era um "Oi", esperando que ele começasse algo para poderem ter realmente uma séria relação.
E era assim, todos os dias, ela simplesmente, o esperava. 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Descobertas.

Não que fosse algo novo ou inspirador, mas não havia realmente nada melhor do que ir atrás de algo novo.
Os olhos semi fechados encaravam com curiosidade aquele ser tão diferente , visto pela primeira vez por ela. Ela pensou em toca-lo, tocar os pelos que pareciam macios contra sua pele gelada. Pensou em abraça-lo, mas lembrou de sua mãe lhe dizendo para não chegar tão perto assim de algo que ela não conhecia.
Ela suspirou, olhando a nova criatura que estava ali a sua frente. Olhou para o céu azul escuro cheio de nuvens negras.
Ela sabia que iria começar a chover a qualquer momento, que sua mãe estaria preocupada por causa do horário, mas mesmo assim, resolveu tentar.
Pegou o pequeno animal com as mãos pequenas e frágeis, e sorriu quando sentiu os pelos pinicando sua pele. Colocou-o entre sua blusa da escola e seu agasalho e saiu correndo, sentindo os pingos de chuva começarem a cair. Começou a correr mais rápido e parou em frente a uma porta de madeira aparentemente velha.
- Mamãe. - Ela chamou, segurando aquele animal que parecia ser tão frágil quanto ela com força.
Ouviu o barulho da porta se abrir, e entrou com pressa batendo os pés no tapete. E então, antes mesmo de se trocar ou pegar uma toalha, ela sorriu para sua mãe, com os olhinhos brilhando, e antes mesmo que sua mãe fizesse algum protesto, ela começou a falar.
- Que bicho é esse, Mamãe? - Ela perguntou morrendo de curiosidade com a nova descoberta.
- Um cachorro, meu amor.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Auto-suficiente

Não que fosse algo novo, ou algo inspirador.
Ela apenas andava pela mesma estrada todos os dias.
Estava cansada de esperar, de aguardar e de ver todos os dias, as mesmas coisas. O mesmo senhor sentado na calçada com um radinho portatil, daqueles bem antigos, ouvindo musicas mais antigas que o proprio rádio. A mesma turma de amigos sentados em frente a um bar, conversando e bebendo. O mesmo cachorro que a perseguia até em casa todos os dias...
Ela só não aguentava mais. A cada passo, um suspiro vinha e os olhos se enxiam de lágrimas, mas ela não chorava, ela não podia chorar. Não depois das escolhas, dos erros, dos acertos, e das consequencias... Consequencias... Consequencias que fizeram ela estar como estava agora, sozinha
Chegou em casa, tirou seu all star vermelho, e correu para o seu quarto.
Não conseguiu se conter. As lágrimas surgiram contra a sua vontade enquanto ela lia um pedaço da sua última esperança, da única coisa que sobrou de suas escolhas... Uma carta.
Não que a carta fosse a mais bonita de todas que ela recebera até agora, mas era a mais importante.
Ela sentia, de uma forma bem estranha, tudo o que o escritor daquela carta sentia no momento em que escreveu cada palavra. Principalmente as palavras que mais fizeram ela pensar "...e então, um dia, quando você se cansar disso tudo, você vai sentir a minha falta, e infelizmente, eu não vou estar ai pra você..." 
Ela se jogou na cama lendo esse mesmo trecho, várias e várias vezes. Pensou em pegar o celular e fazer a ligação que tanto queria, mas se conteve.
Fechou os olhos se lembrando de como havia sido infantil, pensando em como precisava de alguém, e em como não tinha mais ninguém...

sábado, 26 de novembro de 2011

Ela tentava encontra-lo em todo os lugares.
Em cada pequeno pedaço de um dia, um momento, ou uma musica, ela permitia que seus pensamentos fossem de encontro aos dele.
Como se fosse um pequeno ritual, todos os dias ela parava e o olhava, observava ele por alguns (breves) minutos, vendo como ele havia mudado, e percebia que ela havia mudado também.
Relembrava alguns breves momentos, de como tudo antes era diferente, era melhor e sentia falta daquilo todo.
E então, ela se conformava de que aquele tempo, o tempo melhor não iria voltar mais.
Não por ela não querer, ou por ele não quer, mas por ter se passado tempo demais.

Sinceramente?

Não consigo entender como temos saudade de pessoas que convivem conosco...
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