
Já fazia mais de dois anos que eu havia saído daquela caixa de papelão e havia começado a viver. Por mais que, para nós, all star, a vida era algo completamente passageiro. Não sabíamos o dia da nossa vida, nem de nossa morte, só sabíamos que tínhamos que viver o aqui e o agora.
Todos os dias, minha dona, Alice, me calçava para ir a escola com ela. Saiamos de seu quarto e seguíamos para rua ( algo que me fascina todos os dias ),e depois, íamos até o ponto de onibus, e foi ai que veio o minha primeira decepção.

Algumas pessoas acham que nós não temos vida, mas se confundem. Nós temos, e temos uma visão ampla também. Na primeira vez que eu sai da caixa, eu senti a claridade, a vida e percebi, de uma forma desconfortável, a desigualdade ( minha primeira decepção ). Minha dona era skatista, então, muitas vezes eu simplesmente aproveitava o passeio, e observava. Com a observação eu percebi que nem todos haviam a mesma sorte que ela. Em todos os lugares haviam desigualdades, desde o mais sim

Hoje era um dia qualquer e nós voltávamos da escola, andando de skate .

Ele a abordou de uma forma pratica, a derrubando do skate, "sacando" uma faca e a ameaçando, segurando-a sobre sua costela. Foram questão de segundos e ele já havia saído com o celular dela e ela estava com uma cara de desesperada no chão, e foi então que eu me toquei, ele era um cara que ela havia ajudado no inverno...
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