domingo, 20 de fevereiro de 2011

Poucos entenderiam.

E então, qual eu devo escolher? Poxa, infinitas possibilidades, não sei qual é boa para mim nesta ocasião.
Escolho a calça jeans, que é super fofa, fica no fundo do meu armario e vejo tão poucas vezes, quase nunca usei, mas é a minha cara. Antes eu nem gostava muito desta calça, mas eu resolvi usa- la, e quando usei gostei muito, a 1ª calça jeans da minha vida.
Ou escolho essa calça que provavelmente seduz muitas pessoas, vejo quase todos os dias aqui no meu armario, mas tambem quase não uso, é uma calça leggin preta. Como a cada dia cresço mais, mesmo gostando muito desta calça, talvez eu tenha que doa- la, ou dividir com alguem.
Comprei essas calças na mesma loja, nunca as usei juntas, não acho que ficaria legal.
As vezes penso que essas calças me engordam, ou ficam estranhas em mim de certa forma, mas tenho medo de perde- las, mesmo sabendo que tem calças que podem servir melhor em mim.
Devo jogar essas calças no lixo, esquecer da existencia delas e comprar calças novas? Ou devo ficar com essas que as vezes me fazem sentir mal, mas as vezes me fazem sentir muito bem?

domingo, 13 de fevereiro de 2011

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O relogio dava a décima segunda badalada. O céu estava escuro, cheio de estrelas e a lua ela, hora não, hora sim, coberta por algumas das poucas nuvens. A luz do quartinho estava acessa, e a menina estava sentada em cima da cama. Os cabelos caiam sobre os ombros e a franja cobria boa parte do rosto, mas isso não importava. Em suas mãos estavam uma carta, que estava sendo relida pela milésima vez, talvez. Mas mesmo assim, todas as vezes que ela lia, um sorriso surgia em seu rosto. 
Para qualquer outra pessoa, aquilo podia ser apenas palavras, mas não pra ela. Ali, havia sentimentos, verdades, certezas, apostas e talvez, até mesmo mentiras, mas aquilo fazia com que ela se sentisse viva e aquilo lhe dava a certeza, de que ela tinha alguém, de que seu coração tinha alguém, e que ela, tinha alguém também.

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Você é como um veneno nas minhas veias. Te querer, como todo o resto, parece algo errado. Mas quem garante que esse errado, não seja o certo? É como se fosse um filme, um filme que se passa pela primeira vez, com um final bem óbvio, mas que se pode mudar a qualquer momento. Aqueles filmes angustiantes, que te consomem, mas no final, vale a pena. No final, você até acredita que aquilo tudo seja verdade, porque, talvez até seja e então você se perde.
Você se perde entre os seus pensamentos mais obscuros até os teus sentimentos mais profundos e então, você encontra a estrada de volta de novo. No meio da estrada, adivinha o que eu encontro? Você. Com o mesmo sorriso, com as mesmas palavras, você me reconforta, me deixa bem, e então fica ali. Aquilo quase chega a ser nostálgico, mas o nosso temperamento, deixa tudo imprevissivel. Faz com que cada dia ao seu lado, aconteça algo especial, faz valer a pena... E então, entrego-me de novo ao sentimento. Esqueço o passado e me concentro no presente, pensando em ter um futuro e adivinha quem está lá no futuro? Você também. Só que de uma forma diferente, se é que me entende. Me perco então no seu jeito, e me permito sentir algo de verdade, sem que os pensamentos atrapalhem, sem que a consciência atrapalhe, e então percebo, que até a parte racional de mim, quer entrar naquela estrada de novo, quer te encontrar e te carregar, pra onde quer que eu for... Um dia, apenas um dia sem você, é como se o céu se lotasse de nuvens e mais nuvens negras, carregadas por uma imensa tempestade, mas quando você aparece, elas se vão e dão lugar ao sol. O sol me aquece, me reconforta e até que me deixa bem... E esse sol, é você.


A ideia do querer, se torna algo certo, como a do ter, que antes, parecia ser tão errado. A opinião muda, a razão cai e o sentimento fica e eu não quero que passe, nunca mais.

Domingo

Acho que, dos sete dias da semana, o que eu sempre mais gostei foi domingo. Não por ter sempre uma "rotina" ( nós sentávamos a grande mesa redonda e almoçávamos. Eu e os meus irmãos ajudávamos na louça e limpávamos a casa, para depois irmos ao parque ); e então, tomávamos sorvete na grama, sentados na mesma, sentindo a brisa quente do verão e o vento frio do inverno.
Hoje, mais velha, o domingo era o único dia que possuía uma rotina.
Agora casada e com filhos, eu fazia a mesma coisa que meus pais, e o final do dia era-se dado no parque, vendo o por-do-sol, tomando um sorvete.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O mundo

da voltas e voltas e eu me perco novamente. Caio de novo, dentro do mesmo poço...
Você se lembra dele? Foi nesse mesmo poço que eu tranquei os meus demônios, e também aonde tranquei você.
Agora, ele parece mais obscuro que nunca e os demônios aparentam estar mais fortes também.
Respiro fundo e começo a correr, tentando fugir dali, voltar para a superfície, mas então escuto a sua voz.
Ela me chama pra você novamente. O sentimento vem a tona e me domina por completo. Quando dou por mim eu já estou parado a sua frente.
Te vejo trancafiada e minha maior vontade é de solta-la.
Coloco a mão no cadeado que já está enferrujado por causa dos anos e quando vou abrir pra soltar você novamente, escuto um sussurro. Viro para trás e vejo outra cela, com um dos meus demônios dentro.  Respiro fundo sabendo que no momento que te libertar, os meus demônios virão a tona novamente... Mas é tudo tão tentador, ter você de volta é tentador...
Eu tento sair dali, tento correr, mas então escuto o seu choro e então sinto meu coração partido novamente. Agora eu já não aguento mais, abro rapidamente o cadeado e escuto quando ele cai no chão, o barulho dele se mistura com os seus choros e com o abraço forte que eu lhe dou, sussurrando em seu ouvido que tudo ficaria bem novamente.
Começo a escutar então o barulho dos outros cadeados caindo e sei que os demônios estão soltos novamente... 

Just.

Eu observava cautelosamente, não por ser algo interessante, mas por ser algo estranho.
Ele olhava para mim, com aqueles olhinhos meigos que me conquistaram imediatamente.
Eu sorri, sorri por ter entregado ao jogo, eu havia me apaixonado, pela primeira vez. 
Peguei-o no colo, acariciando seus pelos macios que tinham um aspecto...diferente para ser um Labrador e olhei para o meu pai.
- É esse. - Eu disse, fitando novamente o cachorrinho que segurava com gosto nos braços, até que notei algo, os olhos possuíam cores diferentes, tirando que ele possuía uma pinta no rosto  e a cor do pelo era diferente... Era isso. - Nemo. - eu sussurrei baixinho sorrindo, aliás, não é todo dia que você encontra o seu melhor amigo.

-


Cante para mim, aquela velha canção de ninar.
E se lembre de um tempo, quando nós podíamos voar.
Me conforte em seus braços, como uma criança que precisa de alguém.
Porque eu preciso de alguém.
Se lembra daquela musica, em que cantávamos em todos os momentos?
Nos alegres, nos tristes, nos de tédio e cansaço? 
Cante a mesma musica para mim agora, porque eu ainda espero.
Ao longe escuto o som das sereias cantando e ainda vejo as velas brancas.
As velas brancas daquele navio... Do nosso navio...
E então, aos poucos, eu me lembro de tudo e te peço um favor :
Cante para mim aquela velha canção de ninar nesse momento, 
Para que eu possa dormir essa noite em paz. 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

._.

Caí de paraquedas nesse mundo
Comecei tudo super animada
Mas algo mudou, ele se foi
A criatividade foi junto com ele
E não me restou mais nada.


xxxxx

Nem tudo é o que parece.

Era o primeiro dia de aula. Eu andava em direção a minha a uma das carteiras que eu pretendia sentar, de costas, quando esbarrei em alguém.
Virei-me rapidamente, pedindo desculpas, quando a vi.
Era alta, mas estava meio corcunda, como se estivesse com preguiça de ficar de pé. Os cabelos  pretos lisos, quase escorridos passavam da altura dos ombros. A franja caia sobre os olhos puxados, dando até uma aparência de Samara ( aquela daquele filme de terror ) , talvez.
Ela respirou fundo, enquanto se sentou na carteira que ficava do lado da que eu pretendia sentar.
Sentei e fiquei observando-a, enquanto ela pegava suas coisas e observava a lousa. 
- Oi. - Eu disse, sorrindo, e ela apenas me olhou por cima dos óculos, jogando a franja de lado, respondendo depois de algum tempo.
- Qual o seu nome? - Eu perguntei, curiosa, enquanto via aquela pessoa que era "diferente" de nós. Ela se virou pra mim e disse:
- Hikari, e o seu?
- Mariana. - Eu disse com um sorriso no rosto. - Mas por favor, né? Me chame de Mari.




E quem diria que menos de um mês depois, ela seria a minha melhor amiga? HS s2

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Edward

Eu ainda me lembro de tudo. E confesso que cada vez que isso acontece, é como se eu ainda sentisse a sua presença. O ar frio e umido bate na janela, como antes, e eu fico em alerta, fico ainda a espera-lo. Algumas vezes, eu me arrependo por isso, me arrependo por ter entregue meu coração desse jeito, dessa maneira, a um simples conhecido-desconhecido, não que eu não o conhecesse, mas acho que depois de tantos anos, ele deve ter mudado bastante, do mesmo jeito que eu mudei, tanto fisicamente, como psicologicamente. 


Hoje é dia vinte e quatro de Dezembro, véspera de Natal. Sento em frente a mesma janela, quando então, começo a ver. Vejo os pequenos floquinhos de neve passar, e sorrio. Meu Edward ainda está lá, e ainda está vivo. Só saber disso, saber que ele respira, saber que ele está ali, me da um alivio, e eu não sinto mais dor. 

1001 lágrimas derramadas.

O céu estava coberto de nuvens negras de chuva. Não demoraria nem uma hora, para que a mesma começasse a cair.
O silencio da casa era, uma hora ou outra, interrompido ou pelo tique taque do relógio, ou pelos suspiros desesperados da unica pessoa que estava naquele momento presente. 
Entre choros e suspiros, lenços de papel e o frio gelado do chão, ela ficava lá, inerte.
Tentava se concentrar em algo, mas no que? 
Os fones de ouvido estavam largados em algum canto qualquer, já que, pela primeira vez, os gritos do Serj, e a boa pegada instrumental do System Of a Down não faziam mais diferença.
Então, começou a chover.
Por um momento, ela parou de chorar e lançou um olhar para a janela, forçando a vista, tentando ver as gotas de água passarem rapidamente antes de cair no chão, sem sucesso. Franzio a testa quando percebeu que depois de quatro horas chorando sem parar, ela estava se acalmando. 
Quase sorrio enquanto corria para o seu quarto, pegava um pedaço de papel qualquer e então, começou a escrever.


"As vezes, as coisas deveriam ser são simples. Sentir as coisas deveria ser mais simples, mas infelizmente, não é. Eu não vou ser a primeira pessoa do mundo a amar e a sofrer por amor, se isso de fato, for amor, como também não vou ser a última. Não é o fato de não te ter aqui que dói, é o fato do ódio que dói. O ódio mata, consome, corrói, tira as pessoas de si, as faz ser egoístas e egocêntricas... O ódio tenta acabar com o amor, até porque, essa é a sua missão. Já percebeu que o amor e o ódio, são opostos? E que o ódio pode terminar no amor, mas o amor nunca termina em ódio? Apesar de tudo, o ódio que eu sinto, não é de você, por mais que eu desconte esse ódio em você... É tudo consequencia, consequencia de algo que machucou e de algo que eu não quero mais sentir... Quero apenas poder acordar desse pesadelo, e conseguir ver o Sol mais uma vez lá fora... Então, por favor, pare com isso, porque isso simplesmente, está matando a pessoa que você conheceu."
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