Eu ainda me lembro de tudo. E confesso que cada vez que isso acontece, é como se eu ainda sentisse a sua presença. O ar frio e umido bate na janela, como antes, e eu fico em alerta, fico ainda a espera-lo. Algumas vezes, eu me arrependo por isso, me arrependo por ter entregue meu coração desse jeito, dessa maneira, a um simples conhecido-desconhecido, não que eu não o conhecesse, mas acho que depois de tantos anos, ele deve ter mudado bastante, do mesmo jeito que eu mudei, tanto fisicamente, como psicologicamente.

Hoje é dia vinte e quatro de Dezembro, véspera de Natal. Sento em frente a mesma janela, quando então, começo a ver. Vejo os pequenos floquinhos de neve passar, e sorrio. Meu Edward ainda está lá, e ainda está vivo. Só saber disso, saber que ele respira, saber que ele está ali, me da um alivio, e eu não sinto mais dor.
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