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O relogio dava a décima segunda badalada. O céu estava escuro, cheio de estrelas e a lua ela, hora não, hora sim, coberta por algumas das poucas nuvens. A luz do quartinho estava acessa, e a menina estava sentada em cima da cama. Os cabelos caiam sobre os ombros e a franja cobria boa parte do rosto, mas isso não importava. Em suas mãos estavam uma carta, que estava sendo relida pela milésima vez, talvez. Mas mesmo assim, todas as vezes que ela lia, um sorriso surgia em seu rosto.
Para qualquer outra pessoa, aquilo podia ser apenas palavras, mas não pra ela. Ali, havia sentimentos, verdades, certezas, apostas e talvez, até mesmo mentiras, mas aquilo fazia com que ela se sentisse viva e aquilo lhe dava a certeza, de que ela tinha alguém, de que seu coração tinha alguém, e que ela, tinha alguém também.
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